Quando falamos sobre produção agrícola, o preparo do solo é uma das principais tarefas para obter uma boa colheita, não é? Mas você sabia que existe uma forma de produzir que não utiliza o solo? Estamos falando do cultivo hidropônico, uma técnica eficiente e que tem trazido diversas vantagens para a produção de várias espécies vegetais.
O que é o cultivo hidropônico
O cultivo hidropônico, também chamado de hidroponia, consiste na produção de plantas sem que haja contato entre elas e o solo. Nesse caso, as raízes ficam submersas em uma solução nutritiva que contém todos os elementos necessários considerando a espécie cultivada, o estágio de crescimento dela, a temperatura e a iluminação do ambiente.
Essa técnica ganha cada vez mais espaço no Brasil, principalmente no cultivo de hortaliças, em que a alface é a mais produzida por meio do sistema. Além disso, também é possível produzir legumes, flores, frutas, cereais, plantas medicinais e até mesmo forragem animal, provando que se trata de uma prática versátil e com boa rentabilidade.
Justamente por isso, o cultivo hidropônico tem sido usado com frequência tanto em hortas caseiras como em produções comerciais. Embora tenha um custo alto de implementação, já que é necessário investir em uma estrutura específica, ao longo do tempo, esse sistema pode oferecer uma redução nos custos, pois os gastos com mão de obra são menores e não há preparo do solo.
Tipos de sistemas hidropônicos
Embora, de forma geral, a hidroponia seja conhecida como o cultivo na água, existem várias formas de implementar esse método, inclusive sem que as raízes fiquem submersas na solução líquida. Na verdade, há diversos tipos de sistemas hidropônicos, que podem ser classificados como estáticos ou dinâmicos e fechados ou abertos.
Quando um cultivo hidropônico é estático e fechado, isso significa que a solução nutritiva utilizada para manter as plantas não circula pelo sistema: ela permanece parada junto ou próxima às raízes e não retorna ao reservatório. Já quando se trata de um cultivo dinâmico e aberto, essa solução se movimenta pelo sistema e volta ao reservatório após essa circulação. Conheça os principais tipos de sistemas hidropônicos:
Sistema floating: nesse cultivo, as plantas flutuam sobre a solução nutritiva, com as raízes submersas nela. Geralmente, usa-se uma placa de isopor em cima do reservatório com o líquido, acomodando as mudas em pequenos furos. Nesse sistema, é necessário trocar a solução periodicamente e fazer a oxigenação dela constantemente. Trata-se de uma boa opção para áreas com calor intenso.
Sistema de pavio: trata-se de um cultivo mais voltado ao uso doméstico, principalmente em vasos decorativos, em que o sistema é estático e fechado. Nesse caso, um pavio conecta o vaso de planta a um reservatório contendo a solução nutritiva. É por esse pavio que a solução sobe, por meio de um fenômeno conhecido como capilaridade, e nutre o vegetal.
Sistema NFT (Nutrient Film Technique): este é o tipo de cultivo hidropônico mais utilizado e consiste no uso de uma motobomba, acionada por meio de um temporizador, que faz a solução circular por todo o sistema e voltar ao reservatório conforme o tempo definido pelo produtor. É preciso trocar a solução e desinfectar os tubos e o reservatório com frequência.
Sistema de subirrigação: nesse modelo, também se utiliza uma motobomba e um temporizador para que a solução nutritiva irrigue as raízes das plantas periodicamente, em geral, de duas a três vezes por dia, o que depende das necessidades da cultura produzida e também das características do ambiente. Depois de circular, a solução volta ao reservatório.
Sistema de gotejamento: nesse caso, as plantas são acomodadas em substrato e há gotejadores sobre a superfície desse material, junto ao pé das mudas, que são acionados por um temporizador. Embora não haja o contato das raízes com a solução como nos outros sistemas, esse também é um cultivo hidropônico, pois os nutrientes vêm única e exclusivamente do líquido nutritivo.
Sistema de aeroponia: esse modelo é o mais avançado em relação à tecnologia e, por isso, também é o que exige mais investimento. Nesse caso, as plantas são suspensas em uma câmara, cujo interior, onde ficam as raízes, é escuro e recebe a nebulização da solução nutritiva periodicamente. Do lado de fora, ficam as partes aéreas das mudas, que recebem luz natural ou artificial.
Para escolher o sistema de cultivo hidropônico ideal para você, é preciso considerar as características e necessidades da cultura que pretende produzir, as condições de clima na sua região, os cuidados que cada um dos modelos demanda, já que alguns exigem mais manutenção do que outros e, ainda, o orçamento disponível para investir nessa técnica.
O indicado é consultar um profissional especializado, que possa ajudar você a definir qual é o melhor sistema. Além disso, especializar-se nessa prática é fundamental para que os resultados sejam bons, já que, apesar de ser um modelo cada vez mais utilizado, a hidroponia tem várias particularidades que demandam muita atenção e cuidado.
Se você considerar a origem da palavra (hydro = água e ponos = trabalho), vai deduzir que hidroponia é o trabalho ou o cultivo direto na água, certo? Mas não é bem assim. Embora o uso da água seja essencial, a hidroponia é basicamente uma técnica de cultivo sem a necessidade de terra.
Em algumas variações dos sistemas de hidroponia, são utilizados como base meios inorgânicos, como lã de rocha e areia, ou então meios orgânicos, como serragem e fibra de coco.
Qual a diferença entre horta convencional e hidropônica?
A partir do que vimos, fica fácil entender que a principal diferença entre uma horta convencional e uma horta hidropônica é o meio onde ela é sustentada e produzida. Enquanto a horta convencional é cultivada diretamente na terra, a horta hidropônica é cultivada em um sistema suspenso em ambiente protegido.
O que pode ser cultivado?
Acertou quem disse alface, mas o cultivo de produtos hidropônicos vai bem mais além. Muitas plantas de porte pequeno podem ser cultivadas por essa técnica, sendo mais comuns no Brasil todo o tipo de hortaliça folhosa, além de tomate, abobrinha, pimentão, pepino, morango, melão e também plantas ornamentais, como crisântemos, rosas e gladiólos. Há ainda a produção de forrageiras para nutrição animal, como milho, sorgo e cevada.
Hidroponia no Brasil e no mundo
Você sabia que a NASA utiliza a hidroponia para cultivar hortaliças em viagens espaciais longas? Só por isso já dá para imaginar que essa é uma técnica bastante difundida nos Estados Unidos. E a hidroponia também é utilizada em escala comercial em países como Holanda, Alemanha, Espanha, Itália, Suécia, Austrália e Japão.
No Brasil, a hidroponia comercial ainda é praticamente uma novidade, mas apresenta um crescimento muito rápido, especialmente nos estados da região sudeste, com destaque para São Paulo e Minas Gerais.
Hidroponia vale a pena?
Se você está pensando em investir nesse negócio pra lá de promissor, a Safra Viva te ajuda na decisão. Conheça todas as vantagens e desvantagens da hidroponia:
Vantagens da hidroponia
Primeiro os pontos positivos. E olha que são muitos, viu? Vamos lá:
1.Melhor controle sobre os nutrientes
Na hidroponia, as plantas recebem uma solução nutritiva, que é monitorada constantemente. Ou seja, há um melhor controle sobre o que as plantas estão consumindo, sendo mais rápido e fácil identificar e corrigir tanto excessos quanto deficiências. Dessa forma, esse controle evita possíveis distúrbios fisiológicos, por exemplo.
Essa é a principal vantagem da hidroponia e, a partir dela, surgem outras vantagens, que veremos a seguir.
2.Maior produtividade
Como dissemos, a hidroponia possibilita o controle dos nutrientes que as plantas recebem. Assim é possível se programar para o melhor em termos de nutrição mineral para as plantas, alcançando maior produtividade.
3.Colheita precoce
Com as plantas crescendo sem demasiado gasto de energia e com maior absorção de nutrientes, há ainda a vantagem de haver ciclos menores. Isso quer dizer que você vai obter produtos melhores em menos tempo.
4.Menor consumo de água e fertilizantes
Isso mesmo! Estamos falando de economia e, claro, aumento dos lucros. Essa é mais uma vantagem proporcionada pelo controle do fornecimento de nutrientes e também de água, o que evita desperdícios.
A própria ausência do solo favorece essa condição, já que não há lixiviação de água e nem de nutrientes. Outro fator que contribui para a economia de água é o cultivo em ambiente protegido, já que há a diminuição da evaporação.
5. Melhor controle fitossanitário
Isso significa que há melhor controle de doenças, pragas e plantas daninhas. Essa vantagem é proporcionada pelo ambiente protegido (geralmente com tela anti-inseto) e também pela falta de solo, evitando o contato com fungos, bactérias e nematóides causadores de doenças.
Mais uma vez estamos falando em economia, já que há um menor gasto com defensivos agrícolas. E, por sua vez, há um maior cuidado com o meio ambiente e com a saúde do trabalhador.
6. Redução de tratos culturais
Se não há solo, então dá menos trabalho, já que não é preciso fazer operações como aração, capina, coveamento, gradagem, sulcamento e aplicação de herbicidas.
7.Redução da mão-de-obra
Se dá menos trabalho, então não precisa de muita gente. Segundo o SEBRAE, um único trabalhador pode cuidar de mais de 10 mil plantas.
Isso porque o manejo é bem mais suave, já que geralmente as bancadas de trabalho são posicionadas na altura dos trabalhadores.
Então uma boa opção é tocar o negócio em família: idosos, jovens, crianças, todos de casa podem ajudar, o que é uma grande vantagem econômica.
8. Dispensa rotação de culturas
Mais uma vantagem da ausência do solo: não precisa fazer rotação de culturas. Em outras palavras, você pode produzir a mesma cultura infinitas vezes, somente com o cuidado de desinfectar os materiais e fazer a renovação da solução nutritiva a cada novo ciclo.
9. Redução de riscos climáticos
Olha o tal do controle aparecendo por aqui novamente! A estufa ou casa de vegetação protege a cultura de mudanças bruscas de temperatura e de outras intempéries, como geadas e chuvas excessivas.
10. Produção fora de época
Com a redução dos riscos climáticos, você pode produzir em qualquer época do ano.
11. Produção em qualquer lugar
O cultivo hidropônico pode ser realizado em qualquer lugar, até mesmo em locais onde o solo é ruim para a agricultura.
12. Maior higiene e tempo de conservação
A falta de contato com a terra já proporciona maior limpeza durante os tratos culturais. Além disso, as plantas permanecem com as raízes limpas, mesmo depois da colheita. Por isso, a comercialização dessas plantas é feita sem a retirada dessas raízes, o que agrega valor e aumenta o tempo de conservação, tanto na prateleira do supermercado quanto na geladeira do consumidor.
13.Melhor qualidade e melhor preço do produto
Esses são os resultados que todo produtor quer ter, não é mesmo? E isso também é proporcionado pelo controle de nutrientes. Mas há um outro fator determinante: o consumidor. O perfil do consumidor de produtos hidropônicos é o de alguém que dá muito valor para a higiene e para a praticidade dos produtos, não se importando em pagar um pouco mais por isso.
Quer fazer um teste? Coloque-se no lugar de um consumidor de hortaliças. De alface, por exemplo. Você chega em casa depois de um dia cansativo e vai preparar o jantar. O que é melhor? Gastar um bom tempo fazendo a limpeza e a separação de folhas murchas de um maço de alface ou pegar um maço fresco e fácil de lavar para fazer logo a refeição? Acho que nem precisamos responder, certo?
14. Rápido retorno do capital
Com ciclos mais rápidos da cultura e ótimos preços de mercado, fica fácil perceber como o capital investido volta logo para o seu bolso, não é mesmo?
Desvantagens da hidroponia
Antes de decidir montar uma hidroponia, veja também alguns pontos que merecem atenção:
1. Custo inicial elevado
Para montar um sistema hidropônico, é preciso um investimento inicial maior do que para começar a produzir na agricultura tradicional. Isso se deve aos custos com a infraestrutura do sistema escolhido. Entretanto, como vimos, o capital investido costuma retornar em pouco tempo devido ao preço de mercado ser maior.
2. Conhecimento técnico e mão-de-obra especializada
O preparo e o monitoramento da solução nutritiva requerem certo conhecimento técnico, que exigirá pesquisa e estudo. Além disso, será necessário que você treine sua equipe, pois dificilmente você encontrará pessoas com experiência na técnica hidropônica.
Entretanto, como vimos, uma das vantagens é que os tratos culturais são mais suaves, fazendo com que os próprios familiares, até mesmo crianças e idosos, possam ser de grande auxílio.
3. Risco de perda por falta de energia elétrica
A falta de energia elétrica é um grande problema para a produção. Por isso, é indispensável a obtenção de um gerador, principalmente em locais onde há queda de energia elétrica com frequência.
Principais sistemas hidropônicos
Como vimos, a hidroponia é o cultivo sem terra. Dessa forma, existem diversos sistemas de cultivo hidropônico. Eles se diferenciam por tipo de substrato (orgânicos, inorgânicos ou solução nutritiva) e também, nos casos daqueles que utilizam como base a solução nutritiva, por circulação da solução (estáticos ou dinâmicos) e pelo retorno da solução ao reservatório (abertos ou fechados).
Veja quais são os principais sistemas hidropônicos existentes:
Sistema de pavio (wick sistem)
É um sistema muito simples, utilizado geralmente em vasos decorativos. Ele funciona assim: um vaso com a planta é interligado por um pavio a um pequeno reservatório com solução nutritiva. Como o reservatório fica em um nível abaixo do vaso, a solução sobe por capilaridade. Por essas características, o sistema de pavio é um exemplo de sistema estático fechado.
Sistema flutuante (floating)
O floating, também chamado de aeração estática, cultivo na água ou DFT (Deep film technique) é um sistema em que as plantas ficam flutuando em um tanque com a solução nutritiva. Para que elas fiquem separadas e apoiadas, são utilizadas placas de isopor com furos. Essa situação estática exige um volume muito grande de solução nutritiva e um sistema de aeração muito eficiente.
O floating é o principal sistema utilizado no Japão para o cultivo hidropônico de hortaliças folhosas.
Sistema de subirrigação
Como o próprio nome sugere, neste sistema, a irrigação é feita de baixo para cima, sendo que as plantas ficam em bandejas com um reservatório bem abaixo delas.
A subirrigação é um sistema dinâmico e fechado, pois, de 2 a 3 vezes ao dia, a solução nutritiva circula entre as bandejas, voltando para o reservatório.
Sistema NFT (Nutrient Film Technique)
O sistema NFT (técnica do filme nutriente) ou técnica do fluxo laminar de nutrientes é o cultivo de plantas em canais com furos. Nesses canais, a solução nutritiva circula de tempos em tempos (controlada por um temporizador), indo e voltando de um reservatório com o impulso de uma motobomba.
Portanto, o sistema NFT é dinâmico e fechado.
Sistema de gotejamento
É um método dinâmico e, em sua maioria, aberto. Ele funciona da mesma maneira que o método de irrigação por gotejamento instalado no solo, apenas com o diferencial de usar outra base em substituição à terra, como a serragem de madeira.
Esse sistema é o mais utilizado em Israel, especialmente em áreas desérticas.
Aeroponia
A aeroponia é um sistema com tecnologia avançada em que as raízes ficam suspensas no ar e recebem uma nebulização com a solução nutritiva. Devido ao seu custo elevado, ainda é pouco utilizada comercialmente.
Qual o sistema hidropônico mais usado no Brasil?
O sistema NFT é o mais difundido no Brasil, sendo praticamente uma unanimidade na produção de hortaliças folhosas. Veja tudo o que você precisa saber sobre esse sistema nos tópicos abaixo:
Como montar uma hidroponia
Que tal uma hidroponia para chamar de sua? Agora que você já sabe muito bem o que é e como funciona essa técnica lucrativa, veja tudo que você precisa para começar um cultivo no sistema NFT:
Escolha a cultura
Já sabe o que vai produzir? Como vimos, toda espécie de planta pode ser cultivada com a técnica da hidroponia. Dessa forma, a escolha da cultura tem mais a ver com o seu perfil profissional.
Então a hidroponia é para você, que quer começar um negócio alinhado ao que há de mais moderno e promissor.
E também para você, que é um agricultor experiente e está pensando em mudar ou expandir o negócio, atendendo novos mercados.
Mas, se você é criador de gado, adivinha? A hidroponia também é uma boa pedida. No seu caso, para o cultivo de forrageiras para a alimentação dos seus animais. A técnica é uma excelente opção, que une economia e qualidade.
Escolha a localização
Embora a hidroponia possa ser instalada em qualquer lugar, se você pretende comercializar os seus produtos, a dica é montar em um local o mais próximo possível do mercado consumidor. Isso se deve a uma questão prática: quanto mais perto, menor o valor do frete.
Outro fator importante se deve à topografia do local, que preferencialmente deve apresentar uma pequena inclinação (cerca de 5%) e deve ser posicionado de forma a oferecer um bom aproveitamento da energia do sol (luz e calor).
Infraestrutura
Como você já deve ter imaginado, a infraestrutura básica é indispensável para o local do cultivo hidropônico, ou seja, é preciso haver instalação de energia elétrica e água de boa qualidade.
Mas a área de produção vai precisar de muito mais. Para começar, você deve providenciar uma casa de vegetação, mais conhecida como estufa.
Depois, conforme recomendações técnicas, próximo à estufa, você deve fazer todas as instalações, tais como reservatório de água e nutrientes, bombas, túneis, terraplanagem, pontos de água e energia elétrica, além de outros recursos de apoio.
Além disso, você vai precisar construir um depósito de insumos e ferramentas. E, caso o seu projeto seja de grande porte, vai precisar ainda de reservar um espaço especial para a construção de um setor administrativo, destinado aos contatos comerciais, controle financeiro e acompanhamento do negócio.
Por que a hidroponia é feita em estufas?
Achamos que você já sabe a resposta, mas é sempre bom lembrar que uma grande vantagem da hidroponia é o cultivo em ambiente controlado e protegido, garantindo produtos de qualidade superior.
Dessa forma, o papel da estufa ou casa de vegetação é proteger as plantas dos riscos climáticos, como geadas e chuvas fortes, além de controlar a temperatura e a umidade.
E as estufas também são importantes na prevenção de pragas e de doenças, já que costumam conter tela anti-inseto.
Qual o melhor modelo de estufa para a hidroponia?
Agora que você já conhece todas as vantagens proporcionadas pelo cultivo em estufas, é hora de conhecer os modelos mais adequados ao sistema NFT.
Vários modelos de estufas podem ser utilizados na hidroponia, como capela, arco e serreada, conjugados ou não.
Dentre eles, o modelo de estufa mais utilizado é a capela, que é um modelo de duas águas com amplo espaço interno, cabendo várias bancadas dentro dela.
Mas alguns produtores utilizam a estufa individual. Por um lado, ela é uma boa alternativa porque tem a medida exata da bancada, possibilitando um maior arejamento do sistema. Mas, por outro lado, o seu uso dificulta os trabalhos em dias de chuva.
Que tipo de material utilizar na confecção da estufa?
A dica é utilizar filme plástico aditivado anti-UV e antigotejo, com espessuras de 75 m, 100 m ou 150 m. Esse tipo de filme plástico evita que o acúmulo interno de água fique gotejando sobre as plantas e faz com que a água escorra pelas laterais da estufa.
E esse é um fator muito importante, pois essas gotas de água podem ser fonte de contaminação e proliferação de agentes causadores de doenças, como fungos e bactérias.
Agora, se você vai instalar seu sistema de cultivo hidropônico em uma região muito quente, também tem que ficar atento a outra questão: a altura da estufa. Para proporcionar maior ventilação e para diminuir a temperatura do interior da estufa, utilize estufas com pé-direito acima de 2,5 metros.
Se o seu projeto inclui uma estufa que não é climatizada (como na maioria das estufas brasileiras), vale a pena investir na instalação de telas de sombreamento no teto. Esse tipo de tela diminui a insolação direta e ameniza a temperatura interna.
E, para que a estufa cumpra o seu papel de proteger a plantação de agentes causadores de doenças, como dito anteriormente, não se esqueça de instalar telas anti-insetos nas laterais. Já existem modelos desse tipo de tela que bloqueiam a entrada de raios UV e, ao mesmo tempo, permitem a ventilação no ambiente.
Equipamentos
Se você está pensando em construir um sistema NFT, além da estufa, vai precisar, pelo menos, dos seguintes equipamentos: bancadas, canais de cultivo, reservatório, motobomba e temporizador. Conheça cada um deles:
Bancadas
As bancadas ou mesas de cultivo são os locais onde são colocadas as mudas para o seu desenvolvimento. Elas formam uma base para os canais de cultivo e são feitas de madeira ou outro material, como alumínio, aço zincado ou ferro.
O tamanho das bancadas deve ser apropriado para uma pessoa trabalhar de maneira confortável e, por isso, varia de acordo com a cultura.
Então, se você pretende cultivar plantas com ciclo curto, como hortaliças folhosas, as dimensões ideais da bancada são 1m de altura por 2m de largura. Mas, se você vai plantar tomate, por exemplo, que tem uma planta com ciclo longo, as dimensões ideais são 0,2m de altura por 1m de largura.
Quanto ao comprimento da bancada, é importante saber que ela não deve ultrapassar 15 metros, com o objetivo de evitar variações na temperatura e nos níveis de oxigênio e de sais da solução nutritiva.
Isso quer dizer que, se as bancadas forem muito grandes, algumas plantas vão acabar recebendo menos nutrição do que outras, então você terá um problema no padrão da produtividade.
Canais de cultivo
Os canais de cultivo, também chamados de perfis, são os locais por onde corre a solução nutritiva. Eles devem conter furos para o encaixe das plantas.
Os principais materiais utilizados na produção dos canais de cultivo são filme de polietileno, telhas de amianto, canos de PVC e, mais recentemente, canos de polipropileno.
E a dica é a utilização dos perfis de polipropileno fabricados especialmente para o cultivo hidropônico, pois eles podem ser encomendados no tamanho desejado, já com os furos necessários para o espaçamento adequado ao tipo de planta que se pretende cultivar.
Reservatórios
A solução nutritiva fica armazenada nos reservatórios. Eles podem ser construídos de diversos materiais, mas os mais usados são os tanques de PVC e de fibra, pois são mais baratos e fáceis de manusear, caso necessário.
A instalação dos reservatórios deve ser feita abaixo do nível da tubulação de drenagem, pois isso facilita o retorno da solução por gravidade. Além disso, o ideal é que os reservatórios fiquem enterrados, para evitar a ação de raios solares. Também é importante que eles sejam vedados, para evitar a formação de algas e a entrada de animais, como ratos.
Quanto ao tamanho e número de reservatórios a adquirir, vai depender do tamanho e do número de plantas que você pretende ter. Mas, para qualquer situação, vale a seguinte dica: não instale reservatórios com capacidade maior que 5.000 litros. Isso é determinante para facilitar o manejo químico e a oxigenação da solução nutritiva.
Então, se você está planejando um sistema hidropônico de médio ou grande porte, adquira maior número de reservatórios pequenos. Assim você terá um produto final de excelente qualidade e não corre o risco de ter prejuízo com a contaminação de muitas plantas ligadas a um mesmo reservatório, por exemplo.
Motobomba
A motobomba é o equipamento que faz circular a solução nutritiva em todo o sistema NFT, passando pelos canais de cultivo, nas bancadas, e voltando ao reservatório.
Ela deve ser instalada abaixo da metade da altura do reservatório, para impedir a entrada de ar no sistema, o que causaria falha no bombeamento e, consequentemente, danos às plantas.
Em relação ao material da motobomba, vale a pena ficar atento para que sua parte interna seja feita com elementos resistentes à corrosão, por causa da solução nutritiva.
Temporizador
O sistema NFT conta com um regulador de tempo ou temporizador. E o que é isso? É um timer digital que permite programar os tempos de irrigação e drenagem. Esse timer é ligado à motobomba para acioná-la no período desejado.
E, caso você esteja perguntando qual a programação ideal de irrigação para obter os melhores produtos, infelizmente não há uma resposta correta. Mas, como assim? A gente explica: tudo vai depender do tipo de cultivo, da região onde você produz, da época do ano, da temperatura, da umidade, entre outros fatores.
Quer um exemplo? Para produzir hortaliças folhosas, em um local quente, durante o verão, o sistema deve permanecer ligado sem parar, principalmente durante as horas mais quentes. Entretanto, no mesmo lugar, com o mesmo cultivo, mas no inverno, o manejo deve ser bem diferente.
Quanto custa montar uma hidroponia?
Agora é pra valer. Você quer mesmo montar esse negócio lucrativo e precisa saber quanto precisa investir.
É claro que tudo vai depender das suas pretensões como empreendedor, já que existem desde projetos simples até os mais sofisticados e automatizados.
Mesmo assim, te daremos a resposta, baseados em uma estimativa do SEBRAE para a construção de um projeto hidropônico de pequeno porte (aproximadamente 500m²), para a produção de 10.000 pés de alface por mês.
Apesar de considerado pequeno, a estimativa de faturamento para esse caso seria de 10 mil reais por mês! Nada mal, né?
Tratos culturais
Saiba tudo o que você precisa para cuidar bem do seu cultivo hidropônico e, claro, obter os melhores resultados.
Formação de mudas na hidroponia
Para a formação de mudas, é comum a utilização de espuma fenólica na semeadura. A principal vantagem da utilização desse material orgânico (espuma polifenólica, de uréia– formaldeído ou de poliestireno) é o manejo fácil e rápido.
Isso porque a espuma fenólica é comercializada já na forma de placas de 32 x 40 cm, com espessuras de 2 ou 4 cm e com as células pré-marcadas nas dimensões 2 x 2 cm, o que resulta em 320 células por placa.
Outra grande vantagem desse material é que ele pode ser transplantado conjuntamente com a muda para o berçário, protegendo assim o sistema radicular.
Além do uso da espuma fenólica, outra dica importante na formação de mudas é usar uma estufa separada da área de produção. Nessa fase, todo cuidado é pouco para evitar a contaminação de doenças.
Berçário
No sistema NFT, é comum haver um espaço dedicado à recepção de mudas, assim que obtiverem de 3 a 4 folhas verdadeiras. Esse espaço é chamado de berçário.
No berçário, os canais de cultivo têm furos com espaçamento menor, especialmente feitos para o tamanho das mudas. Além disso, a solução nutritiva fornecida às plantas é mais diluída, atendendo às necessidades especiais dessa fase.
Transplantio
Assim que as plantas atingem um tamanho maior, elas são transplantadas para o local definitivo, com perfis que têm espaçamento adequado ao seu crescimento até o atingimento do resultado final.
Nessas bancadas, as plantas recebem uma solução nutritiva mais concentrada para a obtenção de produtos superiores.
Manejo da solução nutritiva
Você não quer ver sua produção indo por água abaixo, né? O correto manejo da solução nutritiva é essencial para o sucesso do seu negócio. Veja como fazer tudo com excelência.
Como fazer a solução nutritiva
Primeiro, você precisa adquirir uma solução nutritiva de qualidade. Há, no mercado, ótimos fertilizantes, que já vêm prontos para serem diluídos na água. Mas você também pode comprar os elementos necessários separadamente e preparar a sua própria solução.
Para isso, você vai precisar de combinar minerais macronutrientes, sendo eles: nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca), magnésio (Mg) e enxofre (S), com elementos micronutrientes, que são, essencialmente, manganês (Mn), ferro (Fe), boro (B), zinco (Zn), cobre (Cu), molibdênio (Mo) e cloro (Cl).
Temperatura
Não adianta nada ter a melhor solução nutritiva, se você não ficar atento à sua qualidade. Isso requer monitoramento constante de alguns itens essenciais, como a temperatura.
Dessa forma, é importante saber que a temperatura da solução nutritiva deve estar entre 18 e 24°C em períodos quentes e entre 10 e 16°C em períodos frios. Isso vai garantir que a solução nutritiva seja absorvida adequadamente pelas plantas e, é claro, que você obtenha produtos superiores, como o mercado exige.
Oxigênio
A oxigenação também é muito importante para assegurar a absorção correta dos nutrientes pelas plantas. E a forma mais comum de garantir a quantidade de oxigênio que as plantas precisam é utilizando-se de uma abertura na tubulação de retorno ao reservatório, chamada de dispositivo tipo “venturi”. Entenda melhor no esquema abaixo:
Nível da solução nutritiva
Diariamente, complete os reservatórios com água pura, pois há uma absorção muito maior de água do que de nutrientes pelas plantas.
Portanto, fique alerta: se houver uma reposição da solução nutritiva todos os dias, as plantas cessam o seu crescimento, não por causa da falta de nutrientes, mas devido a um potencial osmótico muito elevado no sistema radicular.
Em outras palavras, ao invés de as raízes absorverem os nutrientes, a solução é que passa a retirar a água contida nas plantas. A água passa de um meio menos concentrado (plantas) para um meio mais concentrado (solução nutritiva).
Ajuste do pH
Outro aspecto que precisa de monitoramento diário no cultivo hidropônico é o pH da solução nutritiva.
Faça o seguinte: complete os reservatórios com água e meça o pH em seguida, de preferência com um medidor digital, que tem mais precisão. Mas você pode usar também aquelas fitas de papel indicadoras de pH. Elas são revestidas com um corante especial, que, assim que mergulhado na solução, indicam uma cor. Você então deve comparar essa cor com uma cartela que contém o pH equivalente de cada cor.
O medidor deve indicar pH entre 5,5 e 6,5 para o desenvolvimento ideal das plantas. Se ele estiver abaixo de 5,5, deve ser ajustado com ácido e se estiver acima de 6,5 deve ser ajustado com base.
Condutividade elétrica
Parece, mas monitorar a condutividade elétrica não é um bicho de sete cabeças. Dizemos isso porque você vai precisar apenas de um aparelho, o condutivímetro. Ele mede a quantidade de íons da solução e, quanto mais íons, maior a condutividade elétrica. A faixa ideal medida pelo condutivímetro deve ficar entre 1,5 e 3,5 miliSiemens/cm.
Mas por que é preciso medir a condutividade elétrica da solução? Porque ela vai indicar quando se deve fazer a reposição dos minerais. Quando a condutividade elétrica fica abaixo do ideal, é hora de fazer a reposição da solução nutritiva.
Doenças e pragas na hidroponia
Como vimos, o cultivo sem terra em ambiente protegido tem a grande vantagem de diminuir o contato das plantas com doenças do solo e barrar a entrada de grande parte dos patógenos, que são agentes causadores de doenças. Mas, ainda assim, as plantas precisam de muitos cuidados.
Saiba quais as doenças e pragas que ameaçam a produtividade do cultivo hidropônico e conheça algumas alternativas de controle.
Principais doenças
A incidência de doenças no cultivo hidropônico é menor do que no cultivo tradicional, embora as doenças sejam praticamente as mesmas. Segundo o ICIAG – Instituto de Ciência Agrárias da UFU – Universidade Federal de Uberlândia, há registros de apenas 4 viroses, sendo elas:
Lettuce bib vein virus (vírus da grande nervura da alface);
Melon necrotic spot virus (vírus da mancha necrótica do melão);
Tomato mosaic virus (vírus do mosaico do tomateiro);
Cucumber green mottle mosaic virus (vírus do mosaico mosqueado do pepino verde).
E 20 fúngicas, sendo que os fungos são os responsáveis por grandes prejuízos, causando, muitas vezes, perda total da produção. Os principais fungos causadores de doenças no cultivo hidropônico são:
Colletotrichum;
Fusarium;
Thielaviopsis;
Verticillium;
Pythium;
Phytophthora;
Plasmopara;
Cercospora;
Bremia.
Principais pragas
As principais pragas que atacam cultivos hidropônicos são muito semelhantes àquelas que atacam cultivos em campo aberto, somente com a vantagem de haver um controle bem maior sobre elas.
Como a maioria das plantas cultivadas são hortaliças, podemos citar especialmente insetos sugadores, como: pulgões, tripes, mosca branca e mosca minadora.
Além das medidas tradicionais de controle, o uso de defensivos naturais é uma excelente alternativa. Receba gratuitamente receitas de defensivos agrícolas naturais para alface e para tomate.
Dicas de controle
Produtor, anote aí 10 dicas simples de manejo para o combate a doenças e pragas que podem salvar a sua produção:
Obtenha sementes de qualidade, de preferência de cultivares resistentes a doenças;
Utilize substratos inertes nas sementeiras;
Faça vistorias diárias nas plantas à procura de insetos e sintomas de doenças, de preferência nas horas mais frescas do dia (no começo da manhã ou no fim da tarde), pois os insetos costumam se esconder nas horas mais quentes;
Diante de qualquer sintoma, arranque imediatamente as plantas contaminadas;
Identifique qual a doença ou qual a praga que esteja danificando a planta e busque alternativas de controle o mais rápido possível;
Retire a solução nutritiva para a desinfecção do reservatório e de toda a tubulação;
Após a desinfecção, coloque nova solução nutritiva, certificando-se que esteja livre dos agentes causadores de doenças;
Antecipe as colheitas, quando possível;
Reveja o que pode ser melhorado nas estruturas, no manejo e na solução nutritiva;
Gato escaldado tem medo de água fria, né? Anote a época de ocorrência da contaminação para se prevenir no próximo ano.
Como ter uma hidroponia de sucesso
Além dos tratos culturais necessários e das alternativas de controle de doenças, veja tudo o que é preciso fazer para que sua propriedade alcance resultados acima da média. O objetivo da Safra Viva é construir, junto com você, uma agricultura de sucesso:
Qualidade da água
Para não dar com os burros n’água, o segredo é cuidar desse insumo, que é o bem mais precioso no cultivo hidropônico.
Antes de tudo, é fundamental que você faça a análise química da água (quantidade de nutrientes e salinidade) e também a microbiológica (coliformes fecais e patógenos).
A água deve ter suas características conservadas e, portanto, não conter cheiro, cor e nem gosto. Para nunca descuidar desse valioso item, responda diariamente: você beberia a água utilizada na sua produção?
Higiene
Além da higiene da água, não descuide da limpeza em toda a área de produção, pois ela é fundamental na prevenção de doenças. Cuidar de quem produz e de quem consome é o que faz tudo valer a pena. Preste atenção nos seguintes itens:
Lave as bancadas, canais e equipamentos com cloro ativo a 0,1% após o fim de cada ciclo de cultivo;
Não permita a entrada de pessoas estranhas na área de cultivo;
Não permita que fumem perto das plantas. O fumo contém um vírus que pode infectá-las;
Tenha um banheiro sempre limpo contendo papel toalha e álcool gel próximo à área de produção para o uso fácil e rápido pelos trabalhadores;
Fertilização
Como vimos ao longo do texto, no cultivo hidropônico, a fertilização é de extrema importância para o essencial preparo da solução nutritiva.
Produtos diferenciados são frutos do equilíbrio dos nutrientes fornecidos às plantas, atingido com o incansável monitoramento da solução nutritiva.
E a solução nutritiva ideal, por sua vez, depende de fertilizantes de qualidade. Então capriche na escolha desse poderoso insumo!
Defensivos agrícolas
As condições do cultivo hidropônico reduzem significativamente a necessidade de defensivos agrícolas, mas não quer dizer que seu uso seja indispensável.
Portanto, use defensivos agrícolas de qualidade. Uma boa pedida são os fertilizantes com ação defensiva, que auxiliam na prevenção.
Outra alternativa é o uso de defensivos naturais, que trazem excelentes resultados.
Como agregar valor
Tenha em mente que o consumidor de produtos hidropônicos é exigente. Ele preza por um produto limpo e selecionado e, que fique bem claro, não se importa em pagar um pouco a mais por isso.
Isso quer dizer que, se você quer atender as exigências desse mercado e aumentar a sua lucratividade, o diferencial precisa estar na qualidade do seu produto. Portanto, cuide das seguintes características:
Tamanho,
Maturidade,
Consistência,
Idade,
Odor,
Forma,
Cor,
Pureza,
Sabor.
De dar água na boca! É assim que o seu produto deve ser. E a fase de colheita é essencial. As plantas devem ser cuidadosamente colhidas, selecionadas e lavadas, de forma a não causar danos neste processo. Além disso, mantenha as raízes intactas, o que garante o tempo maior de prateleira.
Embalagem
O produto hidropônico é conhecido pela embalagem. Então aproveite para agregar valor: use uma embalagem bonita, destaque o nome da empresa e acrescente dados como o local procedente, dia colhido, e um resumo explicativo do modo de cultivo em que o produto foi gerado.
Dicas de negócio
Não pare. De produzir, de aprender, de se informar. Estar em contínuo aperfeiçoamento é a principal característica de um produtor de sucesso, especialmente na hidroponia, que traz excelentes oportunidades de crescimento.
Resumimos aqui as dicas que demos ao longo do texto, para que você fixe cada uma delas:
Estude. Como dissemos, esse é um negócio que requer inovação constante. Procure consultoria técnica e atualize-se;
Monte um plano de negócios. Para isso, a nossa dica de ouro é: procure o SEBRAE mais próximo, pois, com certeza, você terá uma excelente consultoria, com uma análise detalhada feita especialmente para você.
Domine técnicas de negociação. Você vai precisar se comunicar bem, seja com distribuidores de hortifrutigranjeiros ou com o consumidor final;
Evite encalhe, já que estamos falando de um negócio com produtos altamente perecíveis. Para isso, monte estratégias próprias de escoamento;
Evite perdas. Para isso, faça o monitoramento das plantas, em busca de insetos e sintomas de doenças. E atenção: adquira um gerador de energia e mantenha planos de contingência para os casos de falta de energia elétrica;
Evite desperdícios, tanto no processo produtivo quanto na entrega dos produtos;
Esteja sempre presente na propriedade. Acha difícil? Se você tem o negócio como atividade secundária e mantém apenas funcionários trabalhando, forme sua equipe e esteja sempre à disposição para orientá-los.
O cultivo hidropônico em areia adapta-se bem em regiões desérticas e é comum no Arizona, no Texas (EUA), no México, nos Emirados Árabes, no Irã e em Israel. Pode ser usado o semeio direto ou o transplantio, em bancadas, canais, ou na superfície total da casa de vegetação (MARTINEZ, 2006).
É um sistema de três fases e aberto, ou seja, a solução não recircula. A areia é colocada em bancadas, canais, ou na superfície total da casa de vegetação. Os canais devem ter o fundo arredondado ou em V.
Quando feito na superfície da estufa, pode ter o fundo reto, sobre telhas de amianto. O diâmetro das partículas de areia deve ser de 0,6 a 2,0 mm. Partículas mais finas tornam a drenagem e a aeração mais difíceis, enquanto partículas mais grossas não retêm umidade suficiente.
A solução nutritiva é fornecida por gotejamento com cinco a seis irrigações diárias. A solução nutritiva drenada deve corresponder a 8% do total fornecido. O ideal é que o sistema de irrigação seja automático e acionado pela tensão hídrica, medida em tensiômetros colocados junto às plantas.
Nesse sistema, há o risco de salinização do substrato, pois as plantas absorvem mais água que nutrientes. Para controlar a sanilização, deve ser medida a condutividade elétrica da solução drenada. Se a condutividade estiver maior que 2.000 mg/L, desliga-se o fornecimento de solução nutritiva, fazendo-se a irrigação com água pura até que a condutividade fique menor que 1.000 mg/L de sais.
Para o cultivo em areia, a superfície da casa de vegetação deve ser sistematizada com um declive de cerca de 2% em direção ao dreno principal, e recoberta por um filme forte de polietileno.
Perpendicularmente ao dreno principal, locado no lado mais baixo da casa de vegetação, colocam-se os demais drenos, distanciados entre si de 1,5 a 2 m. Esses drenos podem constituir-se de canos de PVC de cerca de 50 mm de diâmetro e perfurados em toda a extensão (MARTINEZ, 2006).
Para impedir que o entupimento dos drenos pela areia, deposita-se ao seu redor uma camada de cascalho fino. A seguir, recobre-se toda a superfície com 20 a 30 cm de areia. A areia deve ser desinfectada, por meio de fumigação, a cada ciclo de cultivo. Na superfície da areia é feito o plantio e realizada a locação do sistema de irrigação (MARTINEZ, 2006).
No cultivo em areia, a esterilização entre as colheitas é mais difícil. A desinfecção com vapor é, sem dúvida, a melhor. Temperaturas da ordem de 80 a 90°C durante 10 min destroem insetos, ácaros, fungos e plantas invasoras. Se a camada de areia for inferior a 20 cm, a injeção pode ser superficial.
Recobre-se com uma lâmina de polietileno que suporte essa temperatura a superfície da casa de vegetação, ou das bancadas que se deseja esterilizar, vedam-se as laterais e injeta-se o vapor. Se a espessura da camada de areia for superior a 20 cm, é necessário injetar o vapor na profundidade (MARTINEZ, 2006).
A solarização não é tão eficiente quanto a injeção de vapor, porém é um método de desinfecção simples e barato. Recobre-se a superfície da casa de vegetação ou das bancadas que contenham a areia com uma lâmina de polietileno transparente de 100 a 200 µ de espessura, vedando-se bem as laterais.
A radiação solar que atravessa o plástico produz calor (efeito estufa), e vai aquecendo a areia. Se o tratamento for mantido Por um tempo relativamente longo (30-45 dias), as altas temperaturas alcançadas eliminarão ou reduzirão em grande proporção esporos de fungos, ovos de insetos e ácaros. Tanto no caso do uso do vapor, como da solarização é interessante que o leito de areia esteja úmido (MARTINEZ, 2006).
A desinfecção com formaldeído também é eficiente, principalmente quando se deseja um efeito fungicida. Sua ação como herbicida ou nematicida é muito pequena. Deve-se diluir 2 L de formaldeído em 100 L de água, empregando-se 20 L dessa solução por m² de superfície a ser desinfectada.
A casa de vegetação deverá ser fechada por 2 a 3 dias e posteriormente aberta e ventilada, até que o odor característico de formol desapareça. O produto deve ser manuseado com cuidado, pois a substância exalada é irritante das mucosas (MARTINEZ, 2006).
Qualquer que seja o tipo de desinfecção escolhido, as raízes remanescentes devem ser retiradas por meio de um rastelo, e a casa de vegetação aberta e ventilada por 4 a 5 dias antes do novo ciclo de cultivo.
A procura de produtos locais tem vindo a aumentar e a hidroponia é um método viável e eficiente de produção de vegetais, plantas folhosas e outras culturas que pode satisfazer essa procura.
A Hidroponia é o cultivo de plantas numa solução nutritiva líquida sem utilização de solo e como todos os sistemas apresenta os seus prós e contras. Para perceberes se a hidroponia é o método certo para ti é preciso teres em atenção estes pontos.
Vantagens
1) Maior rendimento por área
Por dispensar o uso de terra, a hidroponia pode ser verticalizada. No Japão por exemplo há cultivos hidropónicos no subsolo, em antigas estações de metro. Além disso, pelo facto das plantas estarem mergulhadas numa solução nutritiva que lhe fornece todos os nutrientes e oxigénio necessário, elas não precisam de desenvolver um sistema radicular muito extenso, o que significa que podem crescer mais próximas umas das outras poupando espaço horizontal.
2) Maior produtividade da planta
Por receber e ter disponíveis os nutrientes que necessita em tempo integral as raízes não gastam muita energia à procura no solo e a planta pode se concentrar na folhagem e frutificação e assim toda a plantação cresce saudável.
3) Cultivo interior todo o ano
O facto de não utilizar solo faz com que o cultivo em hidroponia seja facilmente realizado num ambiente controlado (como numa estufa ou em interior) e, se assim se optar, o cultivo pode ser realizado todo o ano com várias colheitas anuais.
4)Uso eficiente de água
O consumo de água por planta num sistema hidropónico representa apenas uma percentagem do que seria necessário num sistema convencional (em alguns casos pode chegar a 10% comparativamente). Neste método, a água é recirculada. As plantas absorvem a água necessária, enquanto a restante água é capturada e retorna ao sistema. A perda de água ocorre apenas de duas formas – evaporação e fugas do sistema (que não deverão ocorrer em sistemas eficientes).
5) Uso eficiente de nutrientes
Em hidroponia, o agricultor tem 100% de controlo sobre a nutrição da planta, assim é fácil realizar uma pesquisa sobre quanto aquela cultura especifica necessita e essa quantidade é adicionada à água (os próprios fabricantes de nutrientes disponibilizam esta informação). No solo, é difícil saber quanto de cada nutriente existe em cada porção do solo, assim acaba-se por adicionar nutrientes em excesso ou a menos. É importante também dizer que em hidroponia, é mais fácil controlar para onde vão os nutrientes em excesso, enquanto na agricultura tradicional os nutrientes acabam por se infiltrar no solo e lençois freáticos.
6) Ciclos de vegetação e frutificação mais curtos
Os ciclos de vegetação e frutificação acabam por ser mais curtos num cultivo em hidroponia, o que decorre de um melhor controlo nutricional e ambiental. A alface por exemplo, leva 60 a 65 dias para ser colhida no cultivo tradicional enquanto que em Hidroponia este período pode cair para 35 a 40 dias;
7) Menor utilização de herbicidas e pesticidas
O facto do cultivo não ocorrer no solo elimina a presença de ervas daninhas, fungos e muitas outras doenças que estão presentes no solo, como Fusarium, Pythium e Rhizoctonia. Assim, sendo muito menos provável a presença de estes componentes indesejáveis, é possível reduzir drasticamente o uso de herbicidas e pesticidas, o que constiui uma das principais vantagens da hidroponia nos dias de hoje. É possível então produzir alimentos mais limpos e saudáveis.
Desvantagens
1) Dependência de energia elétrica ou sistemas alternativos (no caso dos sistemas ativos)
Existem sistemas desenhados para funcionar por gravidade, isto é existem sistemas hidropónicos em que não é necessária a utilização de energia electrica (como é o caso do sistema autopot). No entanto, a maioria dos sistemas hidropónicos recorre à utilização de bombas de água e portanto ao uso de energia eléctrica. Se houver uma queda de energia e se o produtor não tiver um gerador poderá haver o risco de perder toda a produção;
2) Maior investimento inicial em equipamento
Um sistema típico de hidroponia requer as bancadas e perfis/vasos onde as plantas são cultivadas, sensores, tubagem, uma bomba de água, temporizadores e doseadores. Isto requer um investimento inicial provavelmente superior ao de um cultivo tradicional em solo. Uma vez montado o sistema, os custos passam a relacionar-se apenas com água, nutrientes e electricidade.
3) Conhecimento da tecnologia e acompanhamento
Plantas cultivadas em solo podem ser abandonadas por dias ou semanas e ainda assim sobreviver, apesar das condições não estarem optimizadas para o seu crescimento. O mesmo não acontece em hidroponia, onde as plantas precisam de um acompanhamento mais permanente. No caso de um sistema montado com automação este acompanhamento pode ser só a sua monitorização para detecção de eventuais falhas.
4) Maior facilidade de disseminação de pragas ou doenças
Apesar de a probabilidade de um cultivo ser alvo de pragas ou doenças ser menor que num cultivo tradicional, a disseminação da doença é muito mais rápida. Isto deve-se ao facto das plantas serem cultivadas em sistemas fechados com água a recircular, o que faz com que uma doença possa rapidamente chegar a todo o sistema. Para pequenos produtores este problema não é grave, pois pode ser facilmente evitado com uma limpeza eficiente do sistema entre culturas e bom acompanhamento do crescimento das plantas. Para grandes produtores. este factor terá um peso superior.
Assim, como todos os sistemas a hidroponia tem as suas desvantagens. Na sua maioria, estas poderão ser ultrapassadas com conhecimento e experiência.
Alfaces fresquinhas, couve manteiga pronta para ser temperada, almeirão, chicória, tudo diretamente da sua própria horta para a sua mesa. Mesmo quando o espaço é pequeno, é possível usar a hidroponia para conseguir vegetais e outros alimentos produzidos sem solo, onde substratos e soluções nutritivas adicionadas à água fornecem sustentação às raízes e todos os minerais necessários para seu desenvolvimento.
A maioria dos produtores que utilizam essa técnica milenar encontram na espuma fenólica um dos melhores substitutos à maioria dos substratos disponíveis, principalmente pela sua grande capacidade de sustentação da muda, baixo nível de desintegração no manuseio, excelente aeração e alta capacidade hidroscópica (retenção de umidade) sem que haja interferência na nutrição – garantindo que todas as propriedades do alimento, como seus nutrientes, sejam semelhantes aos cultivados de forma tradicional, no solo. Como é muito prática, ela ideal para o uso em hortas caseiras.
Cultivo hidropônico reduz o uso de defensivos agrícolas
Os alimentos e plantas hidropônicas podem ser plantados em espaços reduzidos, para uso residencial, ou amplos, para fins comerciais. Cada vez mais comuns nas gôndolas dos supermercados, eles trazem algumas vantagens inerentes à hidroponia, como uma redução bastante significativa da ação de insetos e pragas e, portanto, uso bem menor de defensivos agrícolas.
Além disso, como são cultivados em estufa, há um controle maior sobre as condições climáticas que podem interferir na sua qualidade, já que não são atingidos por geadas, chuvas, secas e ventos, por exemplo, podendo ser cultivados durante todo o ano. Por outro lado, o uso de substratos também faz com que sejam colhidos mais limpos, facilitando a sua higienização antes do consumo.
Vantagens da espuma fenólica sobre outros substratos
A espuma fenólica, por sua vez, tem sido uma importante aliada na produção desses alimentos, inclusive para quem prefere ter a fonte de seus vegetais bem perto da cozinha. Na verdade o produto é um substrato orgânico, assim como a fibra de coco, o musgo, a serragem, a casca de arroz queimada, produtos de madeira prensada e alguns tipos de gel. Há outros tipos de substratos, como os inorgânicos (argila expandida, areia, lã de rocha, pumecita, perlita e escória, entre outros), mas a espuma fenólica traz a vantagem de ser estéril, o que a torna livre da contaminação de fungos e bactérias comuns aos demais; higiênica, já que não deixa resíduos; versátil, uma vez que permite o manejo de água e vários tipos de nutrientes; econômica, por ter baixo custo mas produzir maior quantidade de mudas em pequenos espaços; prática para transporte e fácil de semear, gerando mudas fortes e de alta qualidade.
Veja como usar a espuma fenólica
Fazer mudas para hidroponia com espuma fenólica é bastante simples, o que tem aumentado bastante seu uso residencial. Você deve usar sementes de qualidade, para garantir os melhores resultados.
Prepare o local
Faça uma pequena estufa no local reservado para o plantio, fazendo uma cobertura de filme plástico aditivado antigotejo e anti-UV. Nas laterais coloque sombrite 50% que, além de reduzir pela metade a entrada de luz evita também que insetos entrem. Mantenha-a sempre bem limpa para evitar contaminações.
Prepare a espuma fenólica
Ela vem em placas que devem ser divididas ao meio e higienizadas com água limpa. Se as células não vierem com furos ventrais faça-os de forma que tenham no máximo de 1 cm e diâmetro e 1 cm de profundidade. Procure dar forma cônica aos orifícios, dessa forma a acomodação da semente é favorecida.
Semeie de acordo com a espécie da hortaliça
Você deve fazer a semeadura respeitando as indicações das embalagens de cada tipo de hortaliça, porque elas se comportam de forma diferente durante o crescimento. Se a ideia é plantar alfaces, por exemplo, deve ser utilizada apenas uma se a semente for peletizada ou no máximo três se ela for nua. Depois irrigue a placa suavemente e coloque-a em local protegido, com temperatura amena e pouco variável.
Troque de lugar
Depois de 48 a 72 horas troque a placa de lugar, transportando-a para um local bem iluminado, dando início à subirrigação. Mantenha a placa úmida, mas não encharcada, com uma solução nutritiva a 50%.
Faça o transplante
Entre sete e dez dias após a semeadura deve aparecer a primeira folha verdadeira: é a hora de transplantar as células de espuma fenólica para o local definitivo de cultivo hidropônico para que complete seu desenvolvimento. Você pode utilizar vasos próprios para o cultivo de alfaces, tomates, morangos e physalis em espuma fenólica, por exemplo, ou preparar seu sistema com tubos de PVC.
Hidroponia é o cultivo de plantas sem o uso do solo. Flores, ervas e vegetais hidropônicos são plantados em meios de cultivo inertes e fornecidos com soluções ricas em nutrientes, oxigênio e água. Este sistema promove um crescimento rápido, rendimentos mais fortes e qualidade superior. Quando uma planta é cultivada no solo, suas raízes estão sempre buscando a nutrição necessária para sustentar a planta. Se o sistema radicular de uma planta é exposto diretamente à água e à nutrição, a planta não precisa gastar energia para se sustentar. A energia que as raízes gastariam para adquirir alimentos e água pode ser redirecionada para a maturação da planta. Como resultado, o crescimento das folhas floresce, assim como o desabrochar de frutas e flores.
As plantas se sustentam por um processo chamado fotossíntese. As plantas captam a luz solar com clorofila (um pigmento verde presente em suas folhas). Eles usam a energia da luz para dividir as moléculas de água que absorveram por meio de seu sistema radicular. As moléculas de hidrogênio se combinam com o dióxido de carbono para produzir carboidratos, que as plantas usam para se alimentar. O oxigênio é então liberado na atmosfera, um fator crucial para preservar a habitabilidade do nosso planeta. As plantas não precisam de solo para fotossintetizar. Eles precisam do solo para fornecer-lhes água e nutrientes. Quando os nutrientes são dissolvidos na água, eles podem ser aplicados diretamente no sistema radicular da planta por inundação, nebulização ou imersão. Inovações hidropônicas provaram que a exposição direta à água cheia de nutrientes pode ser um método de crescimento mais eficaz e versátil do que a irrigação tradicional.
Como funciona a hidroponia?
Os sistemas hidropônicos funcionam permitindo um controle minucioso sobre as condições ambientais, como equilíbrio de temperatura e pH e exposição maximizada a nutrientes e água. A hidroponia opera sob um princípio muito simples: fornecer às plantas exatamente o que elas precisam, quando precisam. A hidroponia administra soluções nutritivas adaptadas às necessidades da planta específica que está sendo cultivada. Eles permitem que você controle exatamente quanta luz as plantas recebem e por quanto tempo. Os níveis de pH podem ser monitorados e ajustados. Em um ambiente altamente customizado e controlado, o crescimento das plantas é acelerado.
Ao controlar o ambiente da planta, muitos fatores de risco são reduzidos. As plantas cultivadas em jardins e campos são submetidas a uma série de variáveis que afetam negativamente sua saúde e crescimento. Os fungos no solo podem espalhar doenças para as plantas. Animais selvagens como coelhos podem saquear vegetais maduros de seu jardim. Pragas como gafanhotos podem atacar as plantações e destruí-las em uma tarde. Os sistemas hidropônicos acabam com a imprevisibilidade do cultivo de plantas ao ar livre e na terra. Sem a resistência mecânica do solo, as mudas podem amadurecer muito mais rápido. Ao eliminar os pesticidas, a hidroponia produz frutas e vegetais muito mais saudáveis e de alta qualidade. Sem obstáculos, as plantas estão livres para crescer vigorosa e rapidamente.
Quais são os componentes de um sistema hidropônico?
Para manter um sistema hidropônico florescente, você precisará se familiarizar com alguns componentes que fazem a hidroponia funcionar com eficiência.
Crescer mídia
As plantas hidropônicas são frequentemente cultivadas em meios inertes que suportam o peso da planta e ancoram sua estrutura radicular. A mídia de cultivo é o substituto do solo, no entanto, não fornece nenhuma nutrição independente para a planta. Em vez disso, esse meio poroso retém a umidade e os nutrientes da solução nutritiva que então entrega à planta. Muitos meios de cultivo também têm pH neutro, portanto, não perturbarão o equilíbrio de sua solução nutritiva. Há uma série de mídias diferentes para escolher, e a planta específica e o sistema hidropônico ditarão qual mídia melhor se adapta ao seu empreendimento. A mídia de cultivo hidropônico está amplamente disponível on-line e em viveiros e lojas de jardinagem locais.
Pedras de ar e bombas de ar
As plantas submersas na água podem se afogar rapidamente se a água não for suficientemente aerada. As pedras de ar dispersam pequenas bolhas de oxigênio dissolvido em todo o reservatório de solução nutritiva. Essas bolhas também ajudam a distribuir uniformemente os nutrientes dissolvidos na solução. As pedras de ar não geram oxigênio por conta própria. Eles precisam ser conectados a uma bomba de ar externa por meio de um tubo plástico opaco de qualidade alimentar (a opacidade impedirá o crescimento de algas). Pedras de ar e bombas de ar são componentes populares do aquário e podem ser adquiridos facilmente em lojas de animais.
potes net
Os potes de rede são plantadores de malha que contêm plantas hidropônicas. O material treliçado permite que as raízes cresçam nas laterais e no fundo do vaso, dando maior exposição ao oxigênio e nutrientes. Os potes de rede também fornecem drenagem superior em comparação com os potes tradicionais de barro ou plástico.
Quais são os seis tipos de sistemas hidropônicos?
Existem centenas de métodos hidropônicos, mas todos eles são uma modificação ou combinação de seis sistemas hidropônicos básicos.
1. Sistemas de cultura em águas profundas
A hidroponia de cultura em águas profundas são simplesmente plantas suspensas em água aerada. Os sistemas de cultura em águas profundas, também conhecidos como sistema DWC, são um dos métodos de hidroponia mais fáceis e populares do mercado. Um sistema DWC pendura vasos de rede segurando plantas sobre um reservatório profundo de solução nutritiva rica em oxigênio. As raízes da planta são submersas na solução, proporcionando acesso perpétuo à nutrição, água e oxigênio. A cultura em águas profundas é considerada por alguns como a forma mais pura de hidroponia.
Como o sistema radicular está suspenso na água o tempo todo, a oxigenação adequada da água é vital para a sobrevivência da planta. Se não houver oxigênio suficiente fornecido às raízes da planta, a planta se afogará na solução. Adicione uma pedra de ar conectada a uma bomba de ar no fundo do reservatório para fornecer oxigenação a todo o sistema. As bolhas da pedra de ar também ajudarão a circular a solução nutritiva.
É muito fácil montar um sistema de cultura em águas profundas em casa ou em uma sala de aula sem a necessidade de equipamentos hidropônicos caros. Você pode usar um balde limpo ou um aquário velho para segurar a solução e colocar uma superfície flutuante como isopor em cima para abrigar os potes de rede. Plantas em sistemas DWC devem ter apenas suas raízes submersas na solução. Nenhuma parte do caule ou da vegetação deve ficar submersa. Você pode até deixar cerca de uma polegada e meia das raízes acima da linha d’água. As bolhas da pedra de ar irão saltar da superfície e respingar nas raízes expostas, para que não corram o risco de secar.
Quais são as vantagens dos sistemas de cultivo em águas profundas?
Baixa manutenção: Uma vez que um sistema DWC é configurado, há muito pouca manutenção necessária. Apenas reabasteça a solução nutritiva quando necessário e certifique-se de que sua bomba esteja fornecendo oxigênio para a pedra de ar. A solução nutritiva normalmente só precisa ser reabastecida a cada 2-3 semanas, mas isso depende do tamanho de suas plantas.
Apelo DIY: Ao contrário de muitos sistemas hidropônicos, os sistemas de cultura em águas profundas podem ser feitos de forma barata e fácil em casa, com uma corrida rápida para sua loja de animais e berçário local para pegar a bomba de ar e os nutrientes.
Quais são as desvantagens dos sistemas de cultura em águas profundas?
Limitações: Os sistemas de cultura em águas profundas são adeptos do cultivo de ervas e alface, mas têm dificuldades com plantas maiores e de crescimento mais lento. Os sistemas DWC não são ideais para nada que floresça. No entanto, com algum trabalho extra, você pode cultivar plantas como tomate, pimentão e abóbora em um sistema DWC.
Controle de temperatura: é importante que sua solução de água não exceda 68 °F e não fique abaixo de 60 °F. Em um sistema DWC, a água é estática e não recircula, por isso pode ser mais difícil regular a temperatura.
2. Sistemas de pavio
Em um sistema de pavio, as plantas são aninhadas em meios de cultivo em uma bandeja que fica no topo de um reservatório. Este reservatório abriga uma solução de água com nutrientes dissolvidos. As mechas viajam do reservatório para a bandeja de crescimento. A água e os nutrientes fluem pelo pavio e saturam o meio de cultivo ao redor dos sistemas radiculares das plantas. Esses pavios podem ser feitos de materiais simples como corda, barbante ou feltro. Os sistemas de pavio são de longe a forma mais simples de hidroponia. Os sistemas Wick são hidropônicos passivos – o que significa que não requerem peças mecânicas como bombas para funcionar. Isso o torna ideal para situações em que a eletricidade não é confiável ou não está disponível.
Os sistemas Wicks funcionam por um processo chamado ação capilar. O pavio absorve a água em que está imerso como uma esponja e, quando entra em contato com o meio de cultivo poroso, transfere a solução nutritiva. A hidroponia do sistema Wick só funciona se acompanhada de meios de cultivo capazes de facilitar a transferência de nutrientes e água. A fibra de coco (fibras da casca externa dos cocos) tem excelente retenção de umidade e o benefício adicional de ter pH neutro. A perlita também tem pH neutro e é extremamente porosa, tornando-a ideal para sistemas de absorção. A vermiculita também é muito porosa e também possui uma alta capacidade de troca catiônica. Isso significa que ele pode armazenar nutrientes para uso posterior. Esses três meios de cultivo são os mais adequados para sistemas hidropônicos de pavio.
Os sistemas Wick funcionam muito lentamente em comparação com outros sistemas hidropônicos, o que limita o que é prático para crescer com eles. Você deve certificar-se de que, para cada planta na bandeja de cultivo, tenha pelo menos um pavio saindo do reservatório. Essas mechas devem ser colocadas próximas ao sistema radicular da planta. Embora capaz de funcionar com aeração, muitas pessoas optam por adicionar uma pedra de ar e uma bomba de ar ao reservatório do sistema de pavio. Isso adiciona oxigenação extra ao sistema hidropônico.
Quais são as vantagens de um sistema de pavio?
Simplicidade: Um sistema de pavio pode ser montado por qualquer pessoa e não exige atenção excessiva após o funcionamento. As mechas fornecem água constantemente às suas plantas, portanto não há risco de secarem. Além disso, plantas como a alface florescerão em um sistema de pavio, proporcionando um ótimo retorno do seu investimento em mãos livres.
Economia de espaço: os sistemas Wick são discretos e podem ser instalados em qualquer lugar, visto que não precisam de eletricidade para funcionar. É um sistema perfeito para educadores, iniciantes ou qualquer pessoa interessada em explorar a hidroponia.
Quais são as desvantagens de um sistema de pavio?
Limitações: Alface e ervas como alecrim, hortelã e manjericão são de crescimento rápido e não exigem grandes quantidades de água. Os tomates, por outro lado, lutam para prosperar em um sistema de mechas devido à sua alta demanda por nutrientes e hidratação. Outras plantas não podem prosperar em um ambiente perpetuamente úmido. Vegetais de raiz como cenoura e nabo não terão sucesso em um sistema de pavio.
Suscetível à podridão: Um sistema de pavio hidropônico está sempre úmido e úmido. Isso cria o risco de que surtos de fungos e podridão possam se desenvolver no meio de cultivo orgânico e nas raízes de suas plantas.
3. Sistemas de técnica de filme de nutrientes
Os sistemas de técnica de película de nutrientes (NFT) suspendem as plantas acima de um fluxo contínuo de solução nutritiva que lava as extremidades dos sistemas radiculares da planta. Os canais que seguram as plantas são inclinados, permitindo que a água escorra ao longo da bandeja de cultivo antes de drenar para o reservatório abaixo. A água no reservatório é então aerada através de pedra de ar. Uma bomba submersível bombeia a água rica em nutrientes para fora do reservatório e de volta para o topo do canal. A técnica de filme de nutrientes é um sistema hidropônico recirculante.
Ao contrário da hidroponia de cultura em águas profundas, as raízes das plantas em um sistema NFT não são imersas em água. Em vez disso, o fluxo (ou “filme”) flui apenas nas extremidades de suas raízes. As pontas das raízes levarão a umidade para dentro da planta, enquanto o sistema radicular exposto terá bastante acesso ao oxigênio. Os fundos dos canais são sulcados, de modo que o filme raso pode passar pelas pontas das raízes com facilidade. Isso também evita que a água se acumule ou se acumule contra os sistemas radiculares.
Embora os sistemas de técnica de filme de nutrientes estejam constantemente reciclando a água, é aconselhável drenar o reservatório e reabastecer a solução de nutrientes a cada semana. Isso garante que suas plantas recebam nutrição ampla. Os canais NFT devem ser inclinados em uma inclinação gradual. Se for muito íngreme, a água escorrerá pelo canal sem nutrir adequadamente as plantas. Se muita água estiver sendo bombeada pelo canal, o sistema transbordará e as plantas poderão se afogar. A hidroponia NFT é um sistema comercial popular, pois pode suportar várias plantas por canal e pode ser facilmente produzida em massa. Os sistemas de técnica de filme nutritivo são mais adequados para plantas leves, como mostarda, couve, alface, espinafre e frutas como morangos.
Quais são as vantagens de um sistema de técnica de filme de nutrientes?
Baixo consumo: Como os hidropônicos NFT recirculam a água, eles não exigem grandes quantidades de água ou nutrientes para funcionar. O fluxo constante também dificulta o acúmulo de sais nas raízes da planta. Os sistemas de técnica de filme nutritivo também não requerem mídia crescente, então você economiza nas despesas de compra de mídia e no incômodo de substituí-la.
Design modular: Os sistemas de técnica de filme nutritivo são perfeitos para empreendimentos comerciais e de grande escala. Uma vez que você tenha um canal configurado e funcionando, é muito fácil expandi-lo. Você pode preencher sua estufa com vários canais que suportam diferentes culturas. É uma boa ideia alimentar cada canal com um reservatório separado. Desta forma, se ocorrer uma falha na bomba ou se uma doença se espalhar na água, você não perderá todo o seu funcionamento.
Quais são as desvantagens de um sistema de técnica de filme de nutrientes?
Falha da bomba: Se a bomba falhar e o canal não estiver mais circulando o filme de nutrientes, suas plantas vão secar. Em questão de horas, toda a sua colheita pode perecer se não for abastecida com água. A manutenção de um sistema hidropônico NFT requer vigilância. Você vai querer observar diligentemente o desempenho de sua bomba.
Superlotação: Se as plantas estiverem muito próximas umas das outras ou o crescimento das raízes for muito proliferado, o canal pode ficar entupido. Se o canal estiver obstruído por raízes, a água não conseguirá fluir e suas plantas morrerão de fome. Isto é especialmente verdadeiro para as plantas no fundo do canal. Se as plantas no final parecerem ter baixo desempenho em comparação com o resto do canal, considere remover algumas plantas ou mudar para uma unidade menor.
4. Sistemas de fluxo e refluxo
A hidroponia de fluxo e refluxo funciona inundando um canteiro de cultivo com uma solução nutritiva de um reservatório abaixo. A bomba submersível no reservatório está equipada com um temporizador. Quando o cronômetro começa, a bomba enche a cama de cultivo com água e nutrientes. Quando o cronômetro para, a gravidade drena lentamente a água do canteiro de cultivo e a joga de volta no reservatório. O sistema está equipado com um tubo de descarga para garantir que a inundação não ultrapasse um determinado nível e danifique os caules e frutos das plantas. Ao contrário dos sistemas anteriores mencionados, as plantas em um sistema de fluxo e refluxo não estão constantemente expostas à água. Enquanto o canteiro é inundado, as plantas bebem a solução nutritiva através de seus sistemas radiculares. Quando a água diminui e o canteiro se esvazia, as raízes secam. As raízes secas então se oxigenam no intervalo antes da próxima cheia.
Os sistemas de fluxo e refluxo (também chamados de sistemas de inundação e drenagem) são um dos métodos de cultivo hidropônico mais populares. A abundância de oxigênio e nutrição com que as plantas são fornecidas estimula um crescimento rápido e vigoroso. O sistema de fluxo e refluxo é facilmente personalizável e versátil. O canteiro pode ser preenchido com uma variedade de potes de rede e uma variedade de frutas e vegetais. Talvez mais do que qualquer outro sistema hidropônico, o sistema de fluxo e refluxo permite que você experimente suas plantas e meios.
Os sistemas de fluxo e refluxo podem acomodar quase qualquer tipo de vegetação. Sua principal limitação é o tamanho e a profundidade da sua bandeja de cultivo. Vegetais de raiz exigirão uma cama muito mais profunda do que alface ou morangos. Tomates, ervilhas, feijões, pepinos, cenouras e pimentões são culturas populares de fluxo e refluxo. Na verdade, você pode até prender treliças diretamente no canteiro. “Grow rocks” e seixos de argila expandida (hydroton) são alguns dos meios de cultivo mais populares em hidroponia de fluxo e refluxo. Estes são laváveis e reutilizáveis, leves e, embora retenham a umidade, também drenam. Esta é uma qualidade importante em sistemas de fluxo e refluxo.
Quais são as vantagens de um sistema de fluxo e refluxo?
Versatilidade: Com um sistema de fluxo e refluxo, você pode cultivar plantas muito maiores do que na maioria dos outros sistemas hidropônicos. Frutas, flores e vegetais respondem muito bem à hidroponia de fluxo e refluxo. Se você tiver o cuidado de fornecer às suas plantas o canteiro de cultivo e a nutrição de tamanho apropriado, verá um rendimento abundante.
Apelo DIY: Existem centenas de maneiras de construir seu próprio sistema hidropônico de fluxo e refluxo em casa. Uma visita à loja de ferragens e à loja de animais fornecerá todos os suprimentos necessários para construir um sistema de fluxo e refluxo. Embora sejam mais caros de configurar do que outros sistemas DIY, como pavio e cultura em águas profundas, os sistemas de fluxo e refluxo sustentam um escopo muito mais amplo de vida vegetal do que podem.
Quais são as desvantagens de um sistema de fluxo e refluxo?
Falha da bomba: como qualquer sistema hidropônico dependente de uma bomba, se a bomba parar de funcionar, suas plantas morrerão. Você precisa monitorar seu sistema de fluxo e refluxo para garantir que o desempenho do sistema não comprometa a saúde de suas plantas. Se a água entrar e sair muito rápido, suas plantas não receberão uma quantidade adequada de água e nutrientes.
Rot & doença: Saneamento e manutenção são essenciais para um sistema de fluxo e refluxo. Se a cama não estiver drenando adequadamente, doenças de raiz e podridão podem se instalar. Um sistema de fluxo e refluxo sujo pode criar mofo e atrair insetos. Se você negligenciar a limpeza, suas plantações sofrerão. Além disso, algumas plantas não respondem bem à rápida mudança de pH que ocorre como resultado dos extremos de inundação e drenagem.
5. Sistemas de gotejamento
Em um sistema de gotejamento hidropônico , o reservatório aerado e rico em nutrientes bombeia a solução através de uma rede de tubos para plantas individuais. Esta solução é gotejada lentamente na mídia crescente em torno do sistema radicular, mantendo as plantas úmidas e bem nutridas. Os sistemas de gotejamento são o método mais popular e difundido de hidroponia, especialmente entre os produtores comerciais. Os sistemas de gotejamento podem ser plantas individuais ou operações de irrigação maciça.
Existem duas configurações de hidroponia de sistema de gotejamento: recuperação e não recuperação. Nos sistemas de recuperação, mais populares entre os pequenos produtores domésticos, o excesso de água é drenado do canteiro de volta para o reservatório para ser recirculado durante o próximo ciclo de gotejamento. Em sistemas de não recuperação, o excesso de água é drenado para fora do meio de cultivo e é desperdiçado. Este método é mais popular entre os produtores comerciais. Embora os sistemas de gotejamento sem recuperação possam parecer um desperdício, os produtores em grande escala são muito conservadores com o uso da água. Esses sistemas de gotejamento são projetados apenas para fornecer precisamente a quantidade de solução necessária para manter o meio de cultivo ao redor da planta umedecido. Os sistemas de gotejamento sem recuperação empregam cronômetros elaborados e cronogramas de alimentação para reduzir ao mínimo o desperdício.
Se você estiver cultivando plantas em um sistema de gotejamento de recuperação, precisará estar atento às flutuações no pH da solução nutritiva. Isso vale para qualquer sistema em que as águas residuais recirculem no reservatório. As plantas esgotarão o conteúdo de nutrientes da solução, bem como alterarão o equilíbrio do pH, portanto, o produtor precisará monitorar e ajustar o reservatório da solução mais do que precisaria em um sistema sem recuperação. Os meios de cultivo também podem ficar supersaturados com nutrientes, portanto, eles precisarão ser lavados e substituídos periodicamente.
Quais são as vantagens de um sistema de gotejamento?
Variedade de opções de plantas: um sistema de gotejamento pode suportar plantas muito maiores do que a maioria dos outros sistemas hidropônicos. Esta é uma das razões pelas quais é tão atraente para os produtores comerciais. Melões, abóboras, cebolas e abobrinhas podem ser amplamente suportados por um sistema de gotejamento de tamanho adequado. Os sistemas de gotejamento retêm maiores quantidades de meios de cultivo do que outros sistemas, permitindo-lhes suportar os sistemas radiculares maiores dessas plantas. Os sistemas de gotejamento funcionam melhor com meios de drenagem lenta, como lã de rocha, coco e turfa.
Escala : Os sistemas de gotejamento podem facilmente suportar operações hidropônicas em larga escala. Se um produtor deseja adicionar mais plantas, uma nova tubulação pode ser conectada a um reservatório e desviar a solução para a nova vegetação. Novas culturas podem ser introduzidas em um sistema de gotejamento existente, pois reservatórios adicionais podem ser adicionados com diferentes programações de tempo adaptadas para atender às necessidades das novas plantas. Este é outro fator que torna os sistemas de gotejamento populares hidroponia comercial
Quais são as desvantagens de um sistema de gotejamento?
Manutenção: Se você cultiva plantas usando um sistema de gotejamento sem recuperação em casa, há uma quantidade significativa de manutenção envolvida. Você precisará monitorar consistentemente os níveis de pH e nutrientes em sua solução, drenando e substituindo, se necessário. As linhas dos sistemas de recuperação também podem ficar obstruídas por detritos e matéria vegetal, portanto, você precisará lavar e enxaguar regularmente as linhas de entrega.
Complexidade: Os sistemas de gotejamento podem facilmente se tornar empreendimentos elaborados e complexos. Isso é menos importante para hidroponia profissional, mas não é o sistema ideal para produtores domésticos. Existem muitos sistemas muito mais simples, como fluxo e refluxo, que se prestam melhor à hidroponia doméstica.
6. Aeroponia
Os sistemas aeropônicos suspendem as plantas no ar e expõem as raízes nuas a uma névoa cheia de nutrientes. Os sistemas aeropônicos são estruturas fechadas, como cubos ou torres, que podem conter uma infinidade de plantas ao mesmo tempo. Água e nutrientes são armazenados em um reservatório e depois bombeados para um bocal que atomiza a solução e a distribui como uma névoa fina. A névoa geralmente é liberada do topo da torre, permitindo que caia em cascata pela câmara. Alguns aeropônicos borrifam continuamente as raízes da planta, assim como os sistemas NFT expõem as raízes ao filme de nutrientes o tempo todo. Outros funcionam mais como o sistema de fluxo e refluxo, borrifando as raízes com névoa em intervalos. Aeroponics não precisa de mídia de substrato para sobreviver. A exposição constante da raiz ao ar permite que bebam oxigênio e cresçam em ritmo acelerado.
Os sistemas de aeroponia usam menos água do que qualquer outra forma de hidroponia. Na verdade, leva 95% menos água para cultivar uma cultura aeroponicamente do que em um campo irrigado. Sua estrutura vertical foi projetada para ocupar um espaço mínimo e permite que várias torres sejam alojadas em um único local. Com aeroponics, grandes rendimentos podem ser produzidos mesmo em espaços confinados. Além disso, devido à sua exposição maximizada ao oxigênio, as plantas aeropônicas crescem mais rapidamente do que outras plantas cultivadas hidroponicamente.
A aeroponia permite uma colheita simples durante todo o ano. Plantas de videira e solanáceas como tomates, pimentões e berinjelas funcionam bem em um ambiente aeropônico. Alface, verduras, ervas, melancias, morangos e gengibre também florescem. No entanto, as árvores frutíferas são muito grandes e pesadas para serem cultivadas aeroponicamente, e plantas subterrâneas com sistemas radiculares extensos, como cenouras e batatas, não podem ser cultivadas.
Quais são as vantagens de um sistema aeropônico?
Excesso de oxigênio: O excesso de oxigênio absorvido pelas raízes nuas sobrecarrega o crescimento da planta. A aeroponia não é apenas o sistema hidropônico mais ecológico, mas também está entre os de melhor desempenho. São sistemas versáteis e personalizáveis que produzem resultados de alta qualidade de forma confiável.
Mobilidade: As torres e bandejas Aeroponic podem ser facilmente transportadas de um local para outro sem interromper o crescimento da planta. Durante o processo de transporte, você deve borrifar manualmente as raízes para evitar que sequem. Além disso, os sistemas aeropônicos são projetados para serem ergonômicos e maximizar o espaço. A aeroponia permite que você cultive plantas em densidades maiores do que outros sistemas hidropônicos.
Quais são as desvantagens de um sistema aeropônico?
Caro: A aeroponia tem um custo inicial mais alto do que outros sistemas hidropônicos. Configurar um sistema totalmente funcional completo com reservatórios, temporizadores e bombas pode custar milhares de dólares. É possível construir um sistema de aeroponia DIY por muito menos, mas é uma tarefa muito mais difícil do que uma cultura DIY em águas profundas ou sistema de pavio.
Manutenção Os sistemas aeropônicos mantêm um equilíbrio delicado e, se interrompidos, os resultados são desastrosos para suas plantas. Se o cronômetro não disparar ou uma bomba falhar, você corre o risco de perder toda a colheita, a menos que borrife as raízes manualmente. Você precisará limpar regularmente a câmara da raiz para evitar que doenças radiculares comprometam suas plantas. De um modo geral, os sistemas aeropônicos requerem mais técnica para serem bem-sucedidos do que outros sistemas.
Osmose reversa e hidroponia
Os poderes revigorantes da água estão no cerne da hidroponia. A água banha seu jardim hidropônico em nutrientes, vitalizando-os e promovendo seu crescimento vibrante. Se você realmente investe na saúde de suas plantas, deve se preocupar igualmente com a pureza da água que as sustenta. Infelizmente, a maior parte da água está cheia de contaminantes. Os fornecedores municipais de água desinfetam os reservatórios de água com cloro. De acordo com o US Geological Survey, 85% da água nos Estados Unidos é dura (o que significa que contém níveis elevados de cálcio e magnésio). Derramamentos industriais, escoamento agrícola e resíduos em aterros sanitários podem liberar produtos químicos e VOCs no abastecimento de água subterrânea
A osmose reversa , (também chamada RO), elimina 98% de todas as impurezas da água, forçando-a através de uma membrana semipermeável. A osmose reversa retira da água metais pesados, sais, bactérias e sólidos totais dissolvidos ( TDS ). O resultado é uma água de notável pureza. O uso de água RO para hidroponia garante que suas plantas bebam apenas os nutrientes que você deseja. A grande maioria das operações hidropônicas comerciais usa água RO para sustentar suas plantações. Assim como a hidroponia prova que existe uma maneira superior de cultivar plantas, a osmose reversa provou que existe uma maneira superior de facilitar esse crescimento.
Por que devo usar água RO para hidroponia?
A água de osmose reversa permite que você comece com uma lousa em branco e adicione níveis precisos de nutrientes, promotores e ajustadores de pH à sua água. A partir desta base neutra, você pode construir a solução nutritiva ideal. Por exemplo, se você mora em uma área com água dura, sua água já contém altos níveis de cálcio. Muitas misturas de nutrientes hidropônicos contêm cálcio, pois estimula o crescimento das plantas. No entanto, adicionar uma solução rica em cálcio à água dura resultará em desequilíbrio de nutrientes. Também é muito mais difícil medir os níveis de nutrientes na água com altos níveis de TDS. A maioria das instruções do fabricante para soluções nutritivas são baseadas em água RO. Então, se você está tentando trazer a água para 800ppm de nutrientes, e a água já existe em 200ppm de TDS, você terá que fazer uma aproximação. Os resultados serão inevitavelmente imprecisos. A água de osmose reversa também é mais baixa em pH. As plantas preferem água ácida, e o uso de água RO para hidratar suas plantações diminuirá a quantidade de regulação do pH que incumbe a você como produtor.
Controlar o equilíbrio de nutrientes e o nível de pH de sua água é um componente integral para o sucesso de sua hidroponia. Se suas plantas não estão recebendo nutrição adequada, não importa o quão bem seu sistema hidropônico esteja funcionando. Um sistema de osmose reversa garante que suas plantas estejam absorvendo apenas os nutrientes adequados dissolvidos em água da mais alta pureza.